O músico, fundador da banda Talking Heads, elegeu o trabalho da associação flaviense
INDIEROR como
uma das "razões para estar feliz" com o mundo, pelo seu trabalho com a comunidade e o combate à
desertificação do interior transmontano através da promoção cultural.
O projeto de Byrne - "Reasons To Be Cheerful" - pretende destacar projetos pelo mundo que
se
distingam pela forma positiva como combatem um problema, em áreas como Envolvimento Cívico,
Clima/Energia, Cultura, Economia, Educação, Ciência e Tecnologia para a Saúde ou Urbanismo e
Transportes.
Chaves torna-se assim a primeira cidade portuguesa a ser assinalada no mapa; e Portugal junta-se à
restrita lista dos oito países europeus a ser distinguidos pelo músico.
A associação transmontana foi também escolhida para ser um dos highlights do projeto de forma a
"conseguir consciencialização para o trabalho importante que está a ser desenvolvido" e terá no
futuro um artigo de destaque no site oficial do "Reasons To Be Cheerful".
David Byrne não foi o primeiro músico internacional a render-se ao trabalho desenvolvido pela
Associação INDIEROR.
"Chaves tem algo diferente. Não é melhor nem pior que os outros lugares, mas é o lugar que permite a
música acontecer". Foi esta a forma que Glen Hansard (vencedor de um Oscar de melhor canção
original) encontrou para descrever a cidade de Chaves.
Num contexto completamente diferente do habitual, nos seus projetos, a INDIEROR convida os artistas
a sentir a cidade, colocando-os em contacto direto com a comunidade, levando-os a criar raízes com a
cidade e com as pessoas.
O cantautor irlandês foi um dos principais responsáveis pelo reconhecimento internacional da
associação e o primeiro artista a aceitar o desafio flaviense.
Desde então muitos outros se juntaram. A cidade de Chaves está a tornar-se lugar de refúgio
artístico e a ser falada um pouco por todo o mundo.
Lisa Hannigan, Mark Geary, Sarah McCoy, John Smith, Liam o Maonlai, Tiger Cooke ou David Keenan
foram alguns dos artistas que aceitaram juntar-se à iniciativa.
O trabalho da associação cruzou-se com o de outras instituições que partilhavam as mesmas lutas. Como resposta à necessidade de programação internacional em cidades periféricas, TRILHA nasce de um acordo de programação em rede, partilhado pelo ciclo de cantautores 48/20 de Fafe e o 23 Milhas em Ílhavo.
Nesse contexto, os artistas vêm ao nosso país para uma pequena digressão, por cidades longe dos grandes centros urbanos, numa tentativa de descentralização de públicos.